Turismo de aventura: cuidados essenciais
Nada
pode ser mais revitalizante que sentir o cheiro de natureza e prestar
atenção aos barulhos dos animais e de uma queda d’água no meio de uma
mata fechada. É essa busca pela paz e pelo contato com o meio ambiente
que faz o ecoturismo crescer mais de 20% todo ano, enquanto o turismo
regular cresce apenas 7,5%, segundo dados da Organização Mundial do
Turismo. Acredita-se que a procura por esse tipo de atividade se deve à
maior preocupação das pessoas com o meio ambiente, além de ser uma
maneira de fugir da rotina e do estresse dos grandes centros urbanos.
Em se tratando de turismo de aventura, o Brasil tem oferecido muitas opções para os viajantes que estão em busca de adrenalina nos confins da fauna e da flora do país. Entre os lugares mais procurados estão Bonito, Pantanal e Amazônia. Essas regiões têm características específicas e são bastante visitadas principalmente por turistas estrangeiros.
O município de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é considerado um dos melhores locais para ecoturismo. Os rios são cristalinos e os peixes dão um show de cor nas águas transparentes. Lá, você encontra diversas cachoeiras, cavernas submersas e grutas com lagos azul-turquesa. O lugar é ótimo para a prática de esportes como mergulho, rafting e rapel.
Já no Pantanal, entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul, a experiência é outra. Os passeios mais realizados em terras pantaneiras são: caminhada, cavalgada, focagem noturna, manejo de gado, observação de animais e pássaros, passeio de barco e de charrete, canoagem, pesca recreativa, pesca esportiva e safári fotográfico.
Na Amazônia, a aventura é selvagem, como excursões na floresta, arvorismo, pesca, mergulho, windsurf, canoagem, rafting, corrida de aventura, rali, trekking, cavalgadas e passeios de barco pelos rios Negro, Solimões, Amazonas e Tapajós, para citar alguns.
NÃO SUBESTIME A NATUREZA
Mesmo com suas particularidades, os três lugares pedem cuidado especial na hora de serem explorados. Confira as dicas dos especialistas no assunto para não passar sufoco.
1. Precauções
Antes de tudo é preciso conhecer bem o lugar e planejar o que será feito. “Informe-se sobre as condições das trilhas, as restrições locais e precauções específicas de cada lugar. É bom saber se haverá água potável pelo caminho, senão, leve o suficiente para todo o trecho”, recomenda Rita Mendonça, sócio-fundadora do Instituto Romã. Se for a primeira vez a realizar uma trilha, não vá sozinho. De acordo com Rodrigo Porto, diretor da Estação Aventura Expedições, o ideal é estar no mínimo em um trio. Não se esqueça de também verificar a previsão do tempo.
2. O que levar
“Para caminhadas longas, é recomendável uma mochila cargueira de 85 litros com capa de chuva”, ensina Rodrigo Porto. Ela deve conter canivete, apito, cantil, barraca de camping, isolante térmico, fogareiro, saco de dormir, estojo de primeiros socorros, bússola, lanterna, isqueiro ou fósforo, mapa, celular, roupa e comida extra, câmera fotográfica, protetor solar, papel higiênico e saco de lixo. Já Kikiu, diretor da Explorer Brasil, conta que, se a viagem for realizada com um monitor, ele terá parte dos equipamentos, como o kit de primeiros socorros. E lembra: “Se a pessoa toma algum remédio, não pode deixar de levá-lo”.
3. Roupa apropriada
Tudo dependerá do clima. No entanto, recomenda-se levar camisetas de manga longa do tipo “dry fit”. Não se esquecer de levar um agasalho também. As calças têm de ser de um tecido que não demore para secar. Além disso, devem proporcionar liberdade de movimento. Quanto aos calçados, podem variar de acordo com o terreno, explica Rodrigo Porto. “Os melhores tipos são as botas de selva, feitas para locais molhados, com sola de borracha e parte superior de lona de secagem rápida; e as botas de caminhada, que são um meio-termo entre peso, durabilidade e proteção, tendo corpo de couro resistente e impermeável.”
4. Cuidados essenciais
Segundo Kikiu, há cinco cuidados indispensáveis para realizar ecoturismo. O primeiro é jamais se esquecer de levar água e alimentos energéticos. Nunca se deve fazer uma trilha desconhecida sem um guia. É fundamental portar roupas e sapatos apropriados. Não sair de casa sem avisar a família e os amigos para onde está indo. E, por último, sempre procurar controlar o tempo para não voltar pela trilha no escuro. Caso decida ir por meio de uma empresa de turismo, pesquise alguma indicada por amigos ou que esteja cadastrada na Embratur.
5. Conheça os principais riscos
• desorientação / ficar perdido no mato.
• répteis peçonhentos, mordidas de insetos, abelhas selvagens e outros animais.
• neblina, deslizamentos, enchentes de rio, cabeças d’água e correntezas marinhas.
• ferimentos: ligamentos, tornozelos e joelhos, outras partes do corpo.
• exaustão, queimadura de sol, desidratação.
6. Em caso de se perder
Os especialistas aconselham, antes de tudo, manter a calma. “Tente se lembrar do caminho que fez e em qual ponto se perdeu, preste atenção para perceber se escuta barulhos de outras pessoas”, explica Rita Mendonça. Em seguida, se for possível, abra uma clareira e use gravetos para escrever no chão SOS ou apenas X. “Faça uma fogueira, mesmo que seja dia. A fumaça é um ótimo sinal, mas prepare-a com muito cuidado para evitar um incêndio”, ensina Rodrigo Porto. Também economize comida e água e não se movimente mais do que precisa, para evitar maior gasto de energia. Em caso de não ser encontrado durante o dia, procure, antes de anoitecer, um lugar protegido do vento e da chuva.
7. Quem deve evitar?
“Esse tipo de viagem não é recomendado para gestantes, pessoas que tenham realizado cirurgias recentemente e/ou histórico de doenças cardiorrespiratórias”, alerta o diretor geral da Estação Aventura Expedições.
Em se tratando de turismo de aventura, o Brasil tem oferecido muitas opções para os viajantes que estão em busca de adrenalina nos confins da fauna e da flora do país. Entre os lugares mais procurados estão Bonito, Pantanal e Amazônia. Essas regiões têm características específicas e são bastante visitadas principalmente por turistas estrangeiros.
O município de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é considerado um dos melhores locais para ecoturismo. Os rios são cristalinos e os peixes dão um show de cor nas águas transparentes. Lá, você encontra diversas cachoeiras, cavernas submersas e grutas com lagos azul-turquesa. O lugar é ótimo para a prática de esportes como mergulho, rafting e rapel.
Já no Pantanal, entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul, a experiência é outra. Os passeios mais realizados em terras pantaneiras são: caminhada, cavalgada, focagem noturna, manejo de gado, observação de animais e pássaros, passeio de barco e de charrete, canoagem, pesca recreativa, pesca esportiva e safári fotográfico.
Na Amazônia, a aventura é selvagem, como excursões na floresta, arvorismo, pesca, mergulho, windsurf, canoagem, rafting, corrida de aventura, rali, trekking, cavalgadas e passeios de barco pelos rios Negro, Solimões, Amazonas e Tapajós, para citar alguns.
NÃO SUBESTIME A NATUREZA
Mesmo com suas particularidades, os três lugares pedem cuidado especial na hora de serem explorados. Confira as dicas dos especialistas no assunto para não passar sufoco.
1. Precauções
Antes de tudo é preciso conhecer bem o lugar e planejar o que será feito. “Informe-se sobre as condições das trilhas, as restrições locais e precauções específicas de cada lugar. É bom saber se haverá água potável pelo caminho, senão, leve o suficiente para todo o trecho”, recomenda Rita Mendonça, sócio-fundadora do Instituto Romã. Se for a primeira vez a realizar uma trilha, não vá sozinho. De acordo com Rodrigo Porto, diretor da Estação Aventura Expedições, o ideal é estar no mínimo em um trio. Não se esqueça de também verificar a previsão do tempo.
2. O que levar
“Para caminhadas longas, é recomendável uma mochila cargueira de 85 litros com capa de chuva”, ensina Rodrigo Porto. Ela deve conter canivete, apito, cantil, barraca de camping, isolante térmico, fogareiro, saco de dormir, estojo de primeiros socorros, bússola, lanterna, isqueiro ou fósforo, mapa, celular, roupa e comida extra, câmera fotográfica, protetor solar, papel higiênico e saco de lixo. Já Kikiu, diretor da Explorer Brasil, conta que, se a viagem for realizada com um monitor, ele terá parte dos equipamentos, como o kit de primeiros socorros. E lembra: “Se a pessoa toma algum remédio, não pode deixar de levá-lo”.
3. Roupa apropriada
Tudo dependerá do clima. No entanto, recomenda-se levar camisetas de manga longa do tipo “dry fit”. Não se esquecer de levar um agasalho também. As calças têm de ser de um tecido que não demore para secar. Além disso, devem proporcionar liberdade de movimento. Quanto aos calçados, podem variar de acordo com o terreno, explica Rodrigo Porto. “Os melhores tipos são as botas de selva, feitas para locais molhados, com sola de borracha e parte superior de lona de secagem rápida; e as botas de caminhada, que são um meio-termo entre peso, durabilidade e proteção, tendo corpo de couro resistente e impermeável.”
4. Cuidados essenciais
Segundo Kikiu, há cinco cuidados indispensáveis para realizar ecoturismo. O primeiro é jamais se esquecer de levar água e alimentos energéticos. Nunca se deve fazer uma trilha desconhecida sem um guia. É fundamental portar roupas e sapatos apropriados. Não sair de casa sem avisar a família e os amigos para onde está indo. E, por último, sempre procurar controlar o tempo para não voltar pela trilha no escuro. Caso decida ir por meio de uma empresa de turismo, pesquise alguma indicada por amigos ou que esteja cadastrada na Embratur.
5. Conheça os principais riscos
• desorientação / ficar perdido no mato.
• répteis peçonhentos, mordidas de insetos, abelhas selvagens e outros animais.
• neblina, deslizamentos, enchentes de rio, cabeças d’água e correntezas marinhas.
• ferimentos: ligamentos, tornozelos e joelhos, outras partes do corpo.
• exaustão, queimadura de sol, desidratação.
6. Em caso de se perder
Os especialistas aconselham, antes de tudo, manter a calma. “Tente se lembrar do caminho que fez e em qual ponto se perdeu, preste atenção para perceber se escuta barulhos de outras pessoas”, explica Rita Mendonça. Em seguida, se for possível, abra uma clareira e use gravetos para escrever no chão SOS ou apenas X. “Faça uma fogueira, mesmo que seja dia. A fumaça é um ótimo sinal, mas prepare-a com muito cuidado para evitar um incêndio”, ensina Rodrigo Porto. Também economize comida e água e não se movimente mais do que precisa, para evitar maior gasto de energia. Em caso de não ser encontrado durante o dia, procure, antes de anoitecer, um lugar protegido do vento e da chuva.
7. Quem deve evitar?
“Esse tipo de viagem não é recomendado para gestantes, pessoas que tenham realizado cirurgias recentemente e/ou histórico de doenças cardiorrespiratórias”, alerta o diretor geral da Estação Aventura Expedições.
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