Quando o shopping ocupa o espaço da cultura e do lazer
- Jovens da periferia de SP reclamam de falta de opção para diversão
SÃO PAULO - Queixa comum dos jovens da periferia de São Paulo é a
falta de opções de lazer. O Parque do Ibirapuera, o maior da cidade, ou a
Avenida Paulista, por exemplo, ficam muito longe das franjas da cidade:
é preciso pegar trem ou metrô para chegar à Paulista. Já o Ibirapuera
não possui nenhuma estação de transporte público próxima, algo
inimaginável em cidades do porte de São Paulo, como Londres, Nova York
ou mesmo a Cidade do México. Sobram poucas opções de diversão,
principalmente sem se gastar dinheiro. Os shopping centers, em evidência
agora por conta dos rolezinhos, acabam ocupando esse espaço.
- Aqui não tem praia, parques ficam tão longe... Ir a um museu, a um teatro ou a um cinema é muito caro. O que a gente faz é navegar na internet e ir ao shopping - reclama Larissa Pereira, de 18 anos, frequentadora do Shopping Itaquera, na Zona Leste.
As sedes do Sesc, presentes em vários bairros da periferia, e os Centro Educacionais Unificados (CEUs) são praticamente os únicos locais que oferecem atividades de esporte, lazer e cultura para esses jovens. Criados em 2001, na gestão de Marta Suplicy (antes prefeita e hoje ministra da Cultura), esses centros, um total de 45, podem ser frequentados por moradores de todas as idades, gratuitamente ou quase: possuem quadras poliesportivas, teatros, playground e piscinas. A prefeitura pretende construir mais dez por São Paulo - sete na Zona Leste, justamente o local que mais carece de áreas de lazer. Ali, há o Parque do Carmo, em Itaquera, aliás, bastante frequentado pela turma dos rolezinhos.
- Na periferia de São Paulo só tem igreja e bar. Os jovens ficam meio perdidos. Com os saraus, além de darmos um pouco de diversão para eles, estimulamos o hábito da leitura - atesta o poeta Binho, que há dez anos iniciou saraus de poesia nas franjas da cidade.
Hoje, esses saraus reúnem milhares de jovens em bibliotecas públicas, na casa dos poetas, em bares e centros culturais improvisados. Caso do Espaço Clariô, em Taboão da Serra, município colado às zonas Oeste e Sul. O local funciona em duas casas humildes, que são alugadas por um grupo de “interessados em cultura, por uma simples questão de amor à arte”, conta Binho.
- O apoio do Estado é nulo - conclui o poeta.
- Aqui não tem praia, parques ficam tão longe... Ir a um museu, a um teatro ou a um cinema é muito caro. O que a gente faz é navegar na internet e ir ao shopping - reclama Larissa Pereira, de 18 anos, frequentadora do Shopping Itaquera, na Zona Leste.
As sedes do Sesc, presentes em vários bairros da periferia, e os Centro Educacionais Unificados (CEUs) são praticamente os únicos locais que oferecem atividades de esporte, lazer e cultura para esses jovens. Criados em 2001, na gestão de Marta Suplicy (antes prefeita e hoje ministra da Cultura), esses centros, um total de 45, podem ser frequentados por moradores de todas as idades, gratuitamente ou quase: possuem quadras poliesportivas, teatros, playground e piscinas. A prefeitura pretende construir mais dez por São Paulo - sete na Zona Leste, justamente o local que mais carece de áreas de lazer. Ali, há o Parque do Carmo, em Itaquera, aliás, bastante frequentado pela turma dos rolezinhos.
- Na periferia de São Paulo só tem igreja e bar. Os jovens ficam meio perdidos. Com os saraus, além de darmos um pouco de diversão para eles, estimulamos o hábito da leitura - atesta o poeta Binho, que há dez anos iniciou saraus de poesia nas franjas da cidade.
Hoje, esses saraus reúnem milhares de jovens em bibliotecas públicas, na casa dos poetas, em bares e centros culturais improvisados. Caso do Espaço Clariô, em Taboão da Serra, município colado às zonas Oeste e Sul. O local funciona em duas casas humildes, que são alugadas por um grupo de “interessados em cultura, por uma simples questão de amor à arte”, conta Binho.
- O apoio do Estado é nulo - conclui o poeta.
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